O vereador cassado Gabriel Monteiro passou pela primeira audiência de instrução e julgamento do crime de estupro do qual ele é acusado de cometer contra uma jovem, em uma boate na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em julho de 2022. A vítima também esteve presente para depor.
Também estava marcada uma audiência de instrução e julgamento do caso em que Monteiro responde por calúnia, injúria e difamação contra ex-assessores. Ela, porém, foi remarcada para o dia 15 de maio, após a defesa do ex-vereador alegar que ele não foi intimado formalmente. Iria prestar depoimento, nesta quarta-feira (08), o ex-assessor Heitor de Nazaré Neto.
Essa foi uma forma de a Justiça evitar uma possível nulidade do processo e fazer com que o ex-vereador tenha ciência de todo o processo. A defesa de Monteiro alegou que ele estava lá apenas para responder à audiência sobre a acusação de estupro.
A defesa dele, o advogado Carlos André Viana, fez uma proposta com "condições mínimas" para que o caso não seja levado a diante: pagamento de uma indenização de 100 mil reais, um pedido de desculpas, por um vídeo, através das redes sociais, ao cliente, e a proibição do youtuber publicar qualquer coisa referente a Heitor, principalmente sugerindo que ele esteja relacionado à mafia dos reboques - acusação que Gabriel Monteiro faz aos ex-assessores, associando os antigos funcionários a uma organização criminosa.
O ex policial militar teve as prisões decretadas em novembro e, desde então, está na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio.
Gabriel Monteiro nega que tenha cometido qualquer crime.
Em novembro do ano passado, a Justiça do Rio, pelo desembargador Claudio Tavares de Oliveira Junior, negou um pedido de liberdade de Monteiro, em relação a acusação ao crime de estupro.
De acordo com o Ministério Público, Gabriel Monteiro teria forçado uma jovem a praticar relações sexuais, após a inauguração de uma casa noturna, em 15 de julho, na Barra da Tijuca. Durante o processo de cassação de seu mandato, na Câmara do Rio, ex-assessores denunciaram Monteiro por assédio moral. O ex-vereador também responde na Justiça a um processo por gravação e armazenamento de um vídeo de relação sexual com uma adolescente de 15 anos.