A controladora da SuperVia chegou a negociar com pelo menos um grupo a possibilidade dele assumir a operação dos trens no Rio de Janeiro. Caso se concretizasse, a mudança poderia ocorrer por meio da venda das ações que dão direito ao controle da concessionária.
Apesar disso, nenhuma manifestação formal de interesse foi enviada à Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana, para que os técnicos da pasta pudessem avaliar a viabilidade da proposta, já que qualquer alteração no contrato de concessão depende da análise técnica e da aprovação do Governo do Estado.
A Gumi Brasil, que é a atual acionista majoritária da SuperVia, não quer continuar no serviço de trens no Rio. Em março, o secretário Washington Reis disse que a troca do comando ocorreria em até quatro meses.
Um grupo de trabalho criado pelo Governo do Rio, com a participação de integrantes da Procuradoria-Geral do Estado, analisa as possíveis soluções para o problema.
Enquanto isso, os passageiros reclamam do serviço ruim prestado pela concessionária. Moradora do Méier, na Zona Norte do Rio, Silvana Costa conta que deixou de usar os trens da SuperVia devido à péssima qualidade. Ela ainda denuncia que a escala rolante da estação do bairro está há meses sem funcionar.
O contrato atual da SuperVia prevê que a concessão poderia ser renovada automaticamente até outubro de 2048, se a empresa cumprisse todas as determinações de investimentos impostas. Mas a controladora da concessionária diz que não vai fazer novos aportes na empresa.
A Gumi Brasil afirma que busca interessados na aquisição das ações que dão direito ao controle da SuperVia. Mesmo com a troca, a ideia é que o atual contrato de concessão seja mantido, mas com outros donos.
Já a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana diz que tem feito cobranças à SuperVia, respeitando a legislação vigente, para que os compromissos firmados sejam cumpridos e os serviços sejam prestados com dignidade e qualidade à população.