Furto de energia da Light durante um ano abasteceria Nova Iguaçu por quatro anos

Os "gatos" estão entre os principais desafios da empresa, que teve um prejuízo no ano passado de R$ 5,6 bilhões

Por Mariana Albuquerque

Light enfrenta déficit de R$ 5,6 bilhões
Ravena Rosa/Agência Brasil

A energia furtada da concessionária Light no período de um ano é suficiente para abastecer toda a cidade de Nova Iguaçu por um período de quatro anos. O município da Baixada Fluminense tem 520.581 quilômetros quadrados e cerca de 825.388 habitantes, segundo o IBGE. Os gatos de energia estão entre os principais desafios da empresa, que teve um prejuízo no ano passado de R$ 5,6 bilhões. 

Para quem percebeu uma alta na conta de luz, o engenheiro especialista em energia elétrica, Marco Souto, explica que o consumidor regular pode estar arcando com a conta de quem frauda ou furta energia, já que a medida impacta o valor considerado na tarifa do cliente regular.

O ouvinte da BandNews FM Paulo Pontes sente o peso no bolso. Morador de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, ele conta que, desde o ano passado, percebeu um aumento na conta de luz.

Outra distribuidora de energia elétrica no estado do Rio, a Enel divulgou que, se não houvesse furto de energia, as tarifas de todos os clientes da empresa poderiam ser reduzidas em pelo menos cerca de 5%. Segundo a concessionária, de toda a energia distribuída na área de concessão em 2022, cerca de 21% se referem ao montante perdido: a maior parte devido ao furto de energia. 

Apesar de furto de energia ser crime, a ação vem crescendo ao longo dos anos. De 2021 a 2022, a Enel calculou uma alta de 7% na identificação de irregularidades. Com isso, a empresa conseguiu recuperar 470 milhões de kWh de energia furtada. De acordo com a companhia, o volume recuperado seria suficiente para abastecer aproximadamente 261 mil residências por um ano, com consumo médio mensal de 150/kWh. 

Dos municípios com os maiores índices de furto de energia no ano passado, São Gonçalo, na Região Metropolitana, lidera, com 47% de perda de energia. Em seguida, vem Niterói, na mesma região, com cerca de 22%, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com 14%. Depois, estão Itaboraí, com cerca de 9% e Cabo Frio, com cerca de 4%

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