Funcionário da concessionária Águas do Rio é morto durante confronto no Complexo da Pedreira

O corpo de Daniel Vitório do Nascimento Moreira foi sepultado na tarde desta segunda-feira

Por João BoueriDaniel Henrique

O corpo de Daniel Vitório do Nascimento Moreira foi sepultado na tarde desta segunda-feira
Divulgação

Amigos e parentes se despedem do funcionário terceirizado da concessionária Águas do Rio morto durante confronto entre criminosos e policiais militares no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio.

O corpo de Daniel Vitório do Nascimento Moreira foi sepultado na tarde desta segunda-feira (13) no Cemitério de Inhaúm. Durante a manhã, familiares se reuniram na sede da empresa Rio Service, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Daniel era morador da região e chegou a ser socorrido por vizinhos ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu. Ele morava no Complexo da Pedreira há 29 anos com a família.

O caso é investigado pela Polícia Civil. Anteriormente, a Polícia Militar tinha informado que os agentes realizavam um patrulhamento na região no sábado (11) pela Estrada de Botafogo, quando avistaram dois homens armados em uma moto, que atiraram contra a equipe e houve confronto. Um PM foi ferido por estilhaços.

A corporação disse que um suspeito foi levado ao Hospital Estadual Carlos Chagas e outro ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde permaneceu sob custódia. Já nesta segunda-feira (13), a PM disse que instaurou um procedimento para apurar todo o ocorrido. Um fuzil foi apreendido.

A mãe do jovem, Nadja do Nascimento, disse que a sogra do filho tinha falado para ele não ir na barbearia, uma vez que já tinham escutado tiros na região.

Ocorreu uns tiros antes e a sogra dele pediu pra ele não sair, que tinha dado tiro. Então ele falou, não, carequinho, eu vou, porque eu tenho que cortar o cabelo. Quando ele chegou numa certa altura, ele foi alvejado pela polícia. O menino trabalhador, que levantava às cinco horas da manhã pra trabalhar, saía do trabalho às cinco, e a polícia diz que meu filho é bandido.

Durante o tiroteio, criminosos utilizaram dois ônibus para bloquear a via, que foi liberada em seguida, segundo a Polícia Militar.

De acordo com a família da vítima, Daniel tinha saído para cortar o cabelo, quando foi alvejado por policiais, que teriam confundido ele com um traficante.

Segundo a concessionária, Daniel Vitório não prestava serviço para a concessionária no momento em que foi atingido. Em nota, a Águas do Rio  lamentou o ocorrido e se solidarizou com parentes e amigos.

A empresa Rio Service classificou Daniel como um "querido colaborador" que fez parte da história do grupo com "dedicação e carinho".

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