O fotógrafo que morreu após ser atropelado pelo ônibus que tombou em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, não tinha o hábito de pegar condução no ponto onde aconteceu o acidente. Mais de 40 pessoas ficaram feridas. O acidente aconteceu na tarde de quarta-feira (29), na Avenida Bartolomeu Gusmão.
Washington Costa, de 28 anos, tinha acabado de deixar o trabalho, no BioParque do Rio, e iria para a casa da namorada em Paciência, na Zona Oeste. Ele foi imprensado contra um muro pelo ônibus da linha 371, que vai da Praça Seca até a Praça da República.
No local, não há sinalização eletrônica, de acordo com a CET-Rio.
Segundo testemunhas, o motorista do coletivo estava estressado e dirigia em alta velocidade. A mãe de Washington, Liege Costa Martins, diz que houve negligência.
"Meu filho estava na calçada, no lugar certo o motorista que foi pro no lugar errado. O profissional ele tem que saber que ele estava levando vidas, não e saco de pedras não".
Washington foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, onde chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu.
Colega da vítima, Jorge Conceição Gomes conta que saiu cinco minutos depois do trabalho e se deparou com o amigo caído, após ter sido atropelado.
Ainda segundo o amigo do fotógrafo Jorge Conceição, pessoas que estavam no ônibus disseram que, antes do acidente, houve uma discussão entre um passageiro e o motorista.
Outros três dos feridos mais graves foram levados de helicóptero para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo. Segundo a unidade, um já recebeu alta e os outros dois têm quadro de saúde estável.
A Polícia Civil investiga o caso. Uma perícia foi realizada no local, e imagens de câmeras de segurança foram solicitadas para esclarecer as circunstâncias do acidente.
Em nota, a Viação Novacap afirmou que apura as causas do acidente. Ja o Rio Ônibus disse que aguarda os resultados da perícia técnica.
A CET-Rio disse que uma equipe técnica irá ao local para avaliar projeto para reforçar a sinalização de segurança na via.
