O Comando Militar do Leste afirma que as explosões registradas na Praça dos Três Poderes na semana passada não impactaram o planejamento da segurança para a Cúpula do G20, que reuniu líderes das maiores economias do mundo no Rio de Janeiro.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21), o chefe do Centro de Coordenação de Operações, o general Lúcio Alves de Souza, disse que os protocolos foram mantidos.
Apesar do registro de ocorrências como o roubo do carro de uma comitiva do presidente Lula, ele classificou a operação como bem-sucedida.
Ele também destacou que o fechamento do Aeroporto Santos Dumont na segunda e na terça-feira foi fundamental para garantir a segurança dos chefes de Estado, especialmente contra atos de terrorismo. O general chegou a citar o 11 de setembro ao lembrar a proximidade do terminal com o Museu de Arte Moderna, que recebeu o evento principal.
Ao comentar o caso em que militares do Exército precisaram receber apoio de policiais militares ao ouvir disparos na Linha Amarela, que faz ligação entre as Zonas Norte e Oeste do Rio, no último domingo (17), o general afirmou não saber se os tiros foram efetuados contra os agentes e disse que o apoio da PM demonstrou a integração entre as forças de segurança. O episódio aconteceu na altura da Cidade de Deus, e ninguém ficou ferido.
O decreto de garantia da lei e da ordem que mobilizou 22 mil militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica terminou nesta quinta-feira (21). As Forças Armadas usaram mais de 600 viaturas, sete helicópteros, nove aviões, cinco navios e outras 18 embarcações.
As Forças Armadas também atuaram na proteção do espaço aéreo, inclusive no monitoramento de drones. Um equipamento do tipo chegou a ser interceptado depois de sobrevoar a área do Museu de Arte Moderna. Segundo o Exército, o responsável pelo drone já foi identificado e estava apenas fazendo imagens do evento