Mais de 7 mil e 300 pessoas passaram pela Fisweek ao longo dos três dias de evento. O número superou as expectativas da organização, que previa 5 mil participantes. A maior feira de inovação, empreendedorismo e tendências de saúde da América Latina aconteceu entre os dias 6 e 8 na ExpoMag, no Centro da cidade.
O presidente da Fisweek, Rodrigo Vilar, afirmou que o Rio de Janeiro deu um presente para o setor de saúde ao sediar o evento.
Este ano, a Fisweek realmente superou todas as nossas expectativas. Nós tínhamos um número de 5 mil pessoas, passaram por aqui 7.300 pessoas, 600 palestrantes, 225 painéis, 130 startups. Muitos negócios foram gerados, os hotéis da cidade estavam lotado. Geramos impostos, geramos empregos. Eu acho que esse foi um grande objetivo e mais do que tudo, o Rio de Janeiro deu um presente para o setor de saúde trazendo esse evento para cá.
Um dos paineis que marcou o início do terceiro e último dia do evento abordou o tema de vigilância sanitária, discutindo prevenção e controle de infecção. A palestra foi realizada pela especialista em regulação e vigilância sanitária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Luciana Cruz. Em conversa com a BandNews FM, ela explicou a importância de respeitar os protocolos de higiene nos tratamentos dos pacientes.
A gente não quer, de jeito nenhum, que um paciente entre no hospital para fazer um parto, por exemplo, uma cirurgia e adquirir uma infecção. Porque muitas vezes o protocolo de prevenção contra a infecção foi quebrado, os processos não foram adequadamente realizados, então a pessoa não higienizou as mãos, por exemplo.
Sendo uma das principais causas de morte no Brasil, o câncer também foi tema das discussões durante o evento. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer, até o fim deste ano, vão ser detectados 74 mil novos casos da doença. O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, esteve na Fisweek falando sobre como a tecnologia pode ajudar no diagnóstico precoce dessa doença.
Olhar um pouco a questão do controle da doença em especial do câncer, com um olhar também focado muito na prevenção e na detecção preposta. Porque aí a gente muda os desfechos, os resultados, e a gente consegue, de fato, a média e sobretudo o longo prazo, reduzir os custos. Porque se eu diagnostico o paciente num estágio mais inicial, eu estou reduzindo o custo do tratamento e melhorando o resultado, as chances de cura desse paciente.
O evento também reuniu diversas startups. Ao todo, 130 marcaram presença na Fisweek. Uma delas foi a Pausa Ativa Ocupacional, um software especializado em gestão de rotinas durante da jornada de trabalho. O CEO da empresa, Daniel Sandy, explica que o objetivo do programa é melhorar a qualidade de vida das pessoas ao longo do horário de trabalho.
O programa através de inteligência artificial, ele identifica que você está ali trabalhando, nem frente ao computador, então ele é totalmente individualizado. E aí a cada período de tempo que você está consecutivamente sentado trabalhando, ele vai identificar que você está ali e ele vai mandar um aviso. E aí para você fazer uma pausa. Ele vai mandar avisos para você beber água. Ele vai mandar avisos para você acertar a postura.
A programação diversificada e completa agradou os participantes do evento. A servidora pública do Instituto Nacional de Cardiologia, Débora Abrahão, elogiou as inovações apresentadas nos estandes.
Olha, o evento está bem diverso, está muito legal, as palestras são maravilhosas para acrescentar. Muita tendência das questões de inteligência artificial, muita apresentação de tecnologia nova. Está tudo muito promissor, eu estou gostando bastante.
A edição da Fisweek no próximo ano já está confirmada. A organização do evento pretende ampliar os números em 2025, buscando 10 mil participantes, 150 startups, 100 expositores e 700 palestrantes