A mulher de 24 anos que teve a mão e o punho esquerdos amputados após dar à luz em um hospital particular da Zona Oeste do Rio, tenta se erguer após o trauma. Com dois filhos, Gleice Kelly Gomes Silva, conta que não imaginava esse desfecho, já que a terceira gestação foi a mais planejada.
“Foi a gravidez mais leve para mim, eu fiquei com trauma”, diz Gleice Kelly.
Após a repercussão do episódio, o Conselho Regional de Medicina disse que vai apurar o que aconteceu. A Polícia Civil está ouvindo testemunhas e investiga o caso como lesão corporal culposa.
Gleice Kelly Gomes Silva foi na segunda-feira (16), ao Instituto Médico Legal para tirar fotos. O material vai ser anexado ao processo judicial que a vítima está movendo contra a unidade de saúde.
O caso aconteceu em outubro. Gleice chegou ao Hospital da Mulher Rede Intermédica de Jacarepaguá e teve parto normal.
Após o nascimento do bebe, a paciente sofreu uma hemorragia interna. Segundo ela, por causa da complicação, os médicos decidiram criar um acesso venoso na mão, para introduzir a medicação. Durante o procedimento, a jovem começou a sentir muita dor e incômodo no membro, que ficou roxo e inchado.
O quadro de saúde de Gleice se agravou e os médicos decidiram transferi-la para outro hospital da mesma rede, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, onde foi constado que ela precisaria amputar a mão. Hoje, a jovem afirma que depende da família para fazer coisas mínimas.
Em nota, a rede Intermédica disse que o hospital está totalmente solidário com a vítima e lamenta profundamente o ocorrido.
A rede hospitalar acrescenta que independentemente da apuração, o hospital vem mantendo contato com a paciente e seus representantes para prestar todo acolhimento possível e atender suas necessidades. A rede disse ainda que está à disposição para que todos os esclarecimentos necessários sejam realizados.