O filho do contraventor Rogério de Andrade também vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Gustavo de Andrade deixou o Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, na manhã de sábado (3), após decisão do Supremo Tribunal Federal.
O ministro Kássio Nunes Marques estendeu os efeitos da decisão do Superior Tribunal de Justiça, que substituiu a prisão preventiva de Rogério por medidas cautelares, ao filho do bicheiro.
Gustavo de Andrade também está proibido de sair de casa durante o período noturno e impedido de manter contato com pessoas relacionadas ao processo criminal.
Na decisão, o Nunes Marques destacou que o Ministério Público Federal entendeu pelo deferimento do pedido de extensão, por não haver "coerência em se viabilizar a soltura do líder da organização criminosa e não proceder do mesmo modo em relação a Gustavo de Andrade."
Em agosto do ano passado, os dois foram presos em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Quatro meses depois, Rogério de Andrade foi solto, após decisão do STJ. Além de utilizar tornozeleira eletrônica, o contraventor não pode sair de casa à noite e está proibido de deixar a cidade e de manter contato com outros réus.
O contraventor assumiu o controle dos negócios da família, depois de travar uma guerra sangrenta pelo espólio do tio, o cabeça da contravenção no Rio, Castor de Andrade. Uma disputa que terminou com a morte do genro de Castor, Fernando Ignácio, assassinado há dois anos, no estacionamento de um heliporto. Rogério também estaria por trás da morte do filho de Castor, Paulinho de Andrade, ainda nos anos 90. Ele chegou a ser condenado a dezenove anos de prisão, mas o julgamento foi anulado também por ordem do Superior Tribunal de Justiça.