A FIFA decidiu abrir uma investigação sobre os episódios de violência ocorridos antes da partida entre Brasil e Argentina no Maracanã pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, na terça-feira (21). Uma confusão entre brasileiros e argentinos ainda durante a execução dos hinos nacionais atrasou a partida em meia hora.  

O caso vai ser analisado pelo Comitê de Disciplina da entidade. Segundo as regras da FIFA, a CBF era a responsável por garantir a ordem e a segurança dentro e no entorno do estádio, antes, durante e após os jogos. O Código de Disciplina estabelece que as associações de futebol estão sujeitas a medidas disciplinares por incidentes de qualquer tipo, a menos que possam provar que não foram negligentes.

Entre as punições possíveis, estão advertência, multa, anulação do resultado da partida, dedução de pontos, expulsão de competição e obrigação de jogar em campo neutro, sem público ou com limitação de torcida.  

A CBF diz que ainda não foi informada sobre a abertura da investigação, mas que vai prestar todos os esclarecimentos. A entidade alega que o plano de segurança foi debatido com as autoridades e aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação. Segundo a CBF, a realização da partida com torcida mista é o padrão em competições organizadas pela Fifa e pela Conmebol.

Já a Polícia Militar afirmou que só foi avisada pela CBF que o jogo teria torcida mista quando todos os ingressos já tinham sido vendidos. Segundo a corporação, a comunicação foi feita apenas no dia 16, e as vendas começaram dois dias antes. A PM ainda classificou como grave o fato de não haver divisão dos torcedores das duas seleções na arquibancada.  

Ao todo, 18 pessoas foram detidas, mas 17 já foram liberadas.  

Em nota, a Conmebol disse que condena toda forma de violência e que vai sempre cooperar com ações para dar fim à violência, ao racismo, à xenofobia e à discriminação.