Fernando Iggnácio foi monitorado por pelo menos oito meses antes de ser executado

Bicheiro Rogério de Andrade determinou morte de rival a um membro de confiança de sua organização criminosa

Por Daniel Henrique

Rogério Andrade e Fernando Iggnácio
BandNews FM

A rotina do contraventor Fernando Iggnácio foi monitorada por pelo menos oito meses antes de ser executado a mando de Rogério de Andrade. A informação consta na denúncia do Ministério Público do Rio contra o bicheiro, que foi preso na terça-feira (29).

De acordo com o documento, Rogério de Andrade determinou a morte de Fernando Iggnácio a um membro de confiança de sua organização criminosa, Marcio Araújo de Souza, conhecido como Araújo, com o objetivo de tomar os pontos de jogos de azar que ele dominava.

Com isso, Araújo ordenou que Gilmar Eneas Lisboa, também preso na terça-feira (29), realizasse a vigilância e monitoramento de Iggnácio na cidade de Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense. Segundo o MP, pelo menos desde março de 2020, Gilmar acompanhou a rotina e residência da vítima, repassando as informações para Araújo.

Contatos entre Rogério de Andrade e Araújo eram feitos por aplicativo criptografado

Já o contato entre Rogério de Andrade e Araújo era mantido através de um aplicativo de comunicação criptografado, em que as mensagens têm um tempo de autodestruição estipulado. Nele, Rogério se identificava como 'Capitanjacks', enquanto Araújo utilizava o codinome 'Lobo009'.

Em uma das conversas, Rogério disse que 'tá bom para tomar tudo', indicando a Araújo que 'o Cabeludo é o que interessa'. 'Cabeludo' era o apelido utilizado para se referir a Fernando Iggnácio.

Em novembro do mesmo ano, Iggnácio sofreu uma emboscada em um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde foi atingido por disparos de fuzis e morreu.

De acordo com a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe, por meio cruel em que colocou em risco outras pessoas que estavam no local, e através de emboscada, com adoção de meios que impossibilitaram a defesa da vítima.

Rogério de Andrade segue preso em Bangu I, também na Zona Oeste, onde aguarda por uma transferência para um presídio federal de segurança máxima por determinação da Justiça.

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