Faraó dos Bitcoins é transferido para presídio de segurança máxima Bangu 1

Secretaria de Estado de Administração Penitenciária atendeu determinação do juiz Marcello Rubioli

Por João Boueri

Faraó dos Bitcoins é transferido para presídio de segurança máxima Bangu 1
Reprodução

O empresário Glaidson Acácio dos Santos foi transferido para o presídio de segurança máxima Láercio da Costa Pellegrino, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A unidade também é conhecida como Bangu 1. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária atendeu determinação do juiz Marcello Rubioli. O ex-garçom estava na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza.

O "Faraó dos Bitcoins" é apontado como líder de uma organização criminosa constituída para crimes contra o sistema financeiro nacional, envolvendo criptomoedas, iniciada em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Ele foi o principal alvo da Operação Kryptos. Preso desde junho de 2021, Glaidson teria movimentado cerca de R$ 38 bilhões. No momento da prisão, R$ 20 milhões em espécie, barras de ouro e automóveis de luxo foram apreendidos na casa do empresário na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Para o Ministério Público, Glaidson Acácio dos Santos foi o mandante do homícidio contra um concorrente identificado como Wesley Pessano, que era investidor em criptomoedas.

A Operação Novo Egíto, a mais recente investigação do MP contra Glaidson, apontou que o empresário pediu a morte de uma jornalista, comprou armas, pagou seguranças e pistoleiros, alugou imóveis, comprou veículos e contratou detetives para monitoramento das vítimas por meio de pelo menos oito empresas laranjas. Três policiais civis, uma delegada, um policial militar e outras 11 pessoas também foram alvo da ação.

O juiz Marcello Rubioli também determinou o afastamento das funções da delegada Daniela dos Santos Rebelo Pinto e dos policiais civis Marcelo Meireles Pinto, Roberto Nogueira Alves e Raphael Vasques Jorge Macedo.

Em nota, a Corregedoria-Geral de Polícia Civil disse que solicitou acesso às investigações para instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD). A instituição também afirma que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita.

Procurada, a Polícia Militar ainda não se posicionou.

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