A Polícia Civil não descarta a possibilidade de que o assassinato de um candidato a vereador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, tenha motivação política.
João Fernandes Teixeira Filho, conhecido como Joãozinho Fernandes, foi morto a tiros na noite de terça-feira (24), enquanto fazia uma caminhada de campanha no Cacuia, bairro onde morava.
O candidato do Avante, de 48 anos, foi atingido por cerca de 20 tiros. Ele concorria ao cargo de vereador pela primeira vez.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os agentes do quartel da região chegaram a ser acionados, mas a vítima, de 48 anos, morreu ainda no local.
Familiares contaram que ele tinha recebido ameaças recentemente, mas não deram mais detalhes e aguardam o avanço das investigações.
Duas mulheres que estavam com o candidato no momento do crime também foram baleadas, mas passam bem. Célia Regina da Silva Faria recebeu alta durante a madrugada. Joilma Melo de Oliveira passou por cirurgia de emergência e tem quadro de saúde estável.
A Polícia Civil afirma que a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense realiza diligências para esclarecer a autoria e a motivação do crime. Nenhuma linha de investigação está descartada.
O enterro foi nesta quarta-feira (25), no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu. João deixa a esposa e dois filhos, de 10 e 20 anos.
Apenas neste ano, seis políticos foram mortos na Região Metropolitana do Rio, sendo cinco apenas na Baixada Fluminense.
Para o coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado, Carlos Nhanga, os números ilustram o histórico de violência política na Baixada.
Na sexta-feira, outro candidato a vereador de Nova Iguaçu teve o carro atingido por três disparos. Como o veículo era blindado, ele não se feriu. No último dia 13, o assessor de um candidato de Japeri foi assassinado. Foram mais de 30 tiros. A esposa e a filha de 2 anos também foram baleadas.
Em junho, um assessor da Prefeitura de Duque de Caxias foi morto quando saía de casa. Dias antes, uma pré-candidata a vereadora de Nova Iguaçu foi assassinada junto com o filho.