Familiares de vítima de feminicídio em 2009 reclamam de morosidade da Justiça

De acordo com parentes da mulher morta, o julgamento do criminoso poderia ter evitado o assassinato da outra companheira do homem e seus dois filhos

Por Carlos Briggs

Alexander da Silva matou sua ex-companheira e seus dois filhos
Reprodução

A família da mulher morta em 2009 pelo homem preso na semana passada após o assassinato da companheira e dos dois filhos no Recreio, na Zona Oeste do Rio, acredita que Justiça poderia ter impedido o novo crime, se ele já tivesse sido julgado.  

A afirmação é da mãe da ex-noiva de Alexander da Silva, que também foi morta por ele. O processo se arrasta há 14 anos e desde então, parentes de Tatiana Rosa de França aguardam por justiça.  

A mãe dela, Vilma Rosa França, de 78 anos, afirma o homem tem um comportamento agressivo. A idosa fez duras críticas à justiça.

Em julho de 2009, Tatiana Rosa de França, então com 27 anos, foi encontrada, morta em um matagal, na Zona Oeste do Rio, depois de dois dias de buscas. A vítima levou vários golpes de faca no pescoço. Alexander é réu pelo crime.  

Na semana passada, ele foi preso acusado de dopar e matar a atual companheira, Andréa Cabral Pinheiro, de 37 anos, a filha Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 11, e Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, de 11 meses.  

A companheira e a filha mais velha foram assassinadas a tiros, já o neném, asfixiado, dentro do próprio berço.

Ele deve responder por homicídio, feminicídio e, ainda de acordo com a Polícia Civil, pode ser incluído na nova lei que trata da violência doméstica contra criança e adolescente.  

Em relação ao crime de 2009, o Tribunal de Justiça informou que não se manifesta sobre processos em tramitação.

A reportagem tenta contato com a defesa do acusado. 

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