Amigos e parentes cobram justiça e pedem uma investigação rápida sobre o caso do funcionário de uma farmácia que morreu depois de reagir a um assalto. O crime aconteceu na comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
Rafael Hollanda Mathias, de 34 anos, morreu ainda no local. O corpo foi sepultado na manhã desta sexta-feira (1º), no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá.
A mãe dele, Áurea Titara de Hollanda, não conseguiu conter a emoção durante o velório. Para ela, o sentimento é de revolta e indignação.
A vítima trabalhava na farmácia há dois anos, mas desde adolescente atuava como balconista em comércios na região.
Os irmãos de Rafael contaram que ele tinha acabado de comprar uma moto e um apartamento, mas teve os sonhos interrompidos de forma covarde.
Uma câmera de segurança flagrou a ação do bandido. Ele saía da farmácia levando dinheiro e celulares quando a vítima pegou uma barra de ferro e começou a agredir o assaltante.
Os dois entraram em uma luta corporal até o assaltante sacar a arma e atirar contra a vítima. Outro funcionário chegou a ir até a calçada para ver o que estava acontecendo e saiu correndo com os disparos. O criminoso, então, tentou sair com a moto, mas acabou fugindo a pé.
Rafael deixa a namorada e dois filhos, uma menina de 12 anos e um menino de 7.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que analisa as imagens das câmeras de segurança. Os agentes também buscam testemunhas que possam ajudar a identificar e prender o autor do crime.
Dados do Instituto de Segurança Pública revelam que casos de latrocínio, roubo seguido de morte, estão mais frequentes no Rio de Janeiro. Houve um aumento de 23% no número de registros na comparação com o mesmo período do ano passado.