O Comando Militar do Leste afirma que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para esclarecer as circunstâncias da morte do cabo paraquedista do Exército Brasileiro Lucas Fernando Conceição de Oliveira. O militar fazia parte da equipe de instrução de salto livre da corporação e morreu em serviço no fim de fevereiro, em um acidente na cidade de Resende, no Sul Fluminense.
De acordo com a família, o paraquedas utilizado por Lucas teria apresentado um problema durante um voo. Apesar disso, a mãe do militar, Ana Paula, conta que esta não foi a única versão que ouviu de colegas do filho sobre o acidente.
Cheguei no quartel onde ele estava atuando, em Resende, onde meu filho foi pular, e (os militares) estavam arrumando os telhados. Um dos meninos fala que ele caiu do telhado, outro fala que o meu filho foi fazer uma manobra que não deveria fazer, uma prancha, e ele caiu, durante o voo baixo. Cada um fala uma coisa, mas depois que os meninos começaram a falar algumas coisas, eles pegaram os meninos e os meninos não podem mais falar com a gente.
Procurado, o Exército Brasileiro afirmou que, após o acidente, Lucas foi socorrido imediatamente no local, e encaminhado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. O Comando Militar do Leste não deu detalhes a respeito do episódio.
Segundo o padrasto de Lucas, Marco Antônio Pereira, o atestado de óbito do militar afirma que ele teve uma anemia profunda.
Trouxeram o atestado de óbito já pronto e, no atestado de óbito, está dizendo apenas que ele teve uma anemia profunda, mas não relataram a queda, não relataram o motivo da queda, está como se ele tivesse causado (o acidente) ou como se o Exército não tivesse nada a ver com o fato ocorrido. E os comentários que a gente ouve de pessoas que já tiveram no Exército, é que isso geralmente acontece, eles não assumem.
Em nota, o Exército se solidarizou com a família do militar e afirmou que todas as medidas administrativas foram adotadas.
A mãe de Lucas, Ana Paula, cobra explicações das autoridades e afirma que espera por justiça.
E assim foi. Só quero justiça para o meu filho. Eu sei que a história não foi do jeito que eles contaram. E ninguém me fala nada. Agora entregam meu filho morto? Agora quem me dá uma explicação? Como vai ser a história?
A Polícia Civil investiga o caso. Em nota, a instituição informou que o caso foi registrado na Delegacia de Resende e que testemunhas estão sendo ouvidas para apurar e esclarecer os fatos.