Família de juíza morta há 11 anos se revolta com soltura de PM envolvido no caso

No dia de entrega do Prêmio Patrícia Aciolli, Justiça fluminense expede alvará de soltura de ex-tenente-coronel envolvido no caso

Por Carlos BriggsChristiano PinhoGustavo Sleman

O ex-PM, expulso da corporação no primeiro semestre deste ano, era comandante do Batalhão
Reprodução/ AMAERJ

A família da juíza Patrícia Acioli, assassinada em agosto de 2011, critica a decisão que permitiu a progressão de regime da prisão do ex-policial militar condenado por ter planejado o crime.

O ex-tenente coronel Cláudio Luiz da Silva Oliveira não precisa mais voltar para a cadeia como estabelecia o regime semiaberto, mas tem que cumprir uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair de casa entre dez horas da noite e seis da manhã.

O ex-PM também está impedido de sair de casa nos finais de semana e feriados em que não puder provar que está saindo para trabalhar.

O alvará de soltura foi expedido nessa segunda-feira (6), dia da entrega do prêmio Patrícia Acioli, da Associação dos Magistrados do Estado do Rio. O documento foi assinado pelo juiz Marcel Laguna Duque Estrada, que defende a progressão de pena, prevista em lei.

Para Simone Acioli, irmã de Patrícia, o benefício concedido ao mandante do assassinato no dia da entrega do prêmio é um ultraje à família da juíza.

Claudio Luiz de Oliveira foi expulso da PM no primeiro semestre deste ano. Desde maio, ele estava em regime semiaberto.

O ex-tenente coronel foi condenado a 36 anos de prisão pela morte da juiza Patricia Acioli, em agosto de 2011. Ela foi assassinada, na porta de casa, com 21 tiros. Onze policiais militares foram condenados por participar do crime.

De acordo com a Justiça do Rio, o estopim para a execução da juíza Patricia Acioli foi a condenação dos responsáveis pela morte de um jovem de 18 anos, com deficiência intelectual.

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