A nova proposta de exploração das barcas no Rio, elaborada pela UFRJ, prevê um contrato com uma prestadora de serviços por até seis anos. O estudo universitário é contrário ao modelo de concessão e ainda propõe que o Governo Estadual controle a bilhetagem do sistema aquaviário. A ideia ainda precisa do aval da Secretaria de Transportes.
Pelo cronograma da UFRJ, a nova administração das barcas deve começar em abril do ano que vem. A previsão é de que a licitação seja concluída em até três meses.
Mas, o estudo não considerou as necessidades de melhorias nas linhas, estações e nas proporias embarcações. Também não detalha os investimentos necessários para o serviço.
Cerca de 50 mil pessoas usam as seis linhas do transporte aquaviário no Estado, como os moradores da Ilha de Paquetá, que dependem exclusivamente do serviço para sair e voltar do bairro.
Em Niterói, a universitária Natália Pereira faz, diariamente, a travessia Arariboia, no Centro da cidade, e Praça XV, no Centro do Rio e conta: as barcas são essenciais para muitos passageiros.
O estudo da UFRJ prevê ainda que em caso de queda do número estimado de passageiros, o Governo do Estado deve assumir um eventual prejuízo do sistema. Outra proposta está indicadores de performance. Na prática, é uma pontuação dada a empresa pelo cumprimento da grade de circulação das barcas, tempo de deslocamento entre as estações e o intervalo de movimento entre essas embarcações.
Mas, o estudo desconsiderou uma promessa do Governo do Rio: a viabilidade para a criação de duas estações em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, além de linhas também para Duque de Caxias e Magé, na Baixada Fluminense.
Um levantamento anterior já havia indicado que os serviços mais complexos estariam na dragagem da Baía de Guanabara, sobretudo na região da Baixada Fluminense. Só para os trabalhos em Duque de Caxias, o gasto tinha uma previsão de gasto de aproximadamente R$ 800 milhões. ))