O Exército adotou medidas administrativas para apurar a conduta de militares que aparecem em um vídeo com bebidas alcoólicas durante uma confraternização no 27º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, na Vila Militar, em Deodoro, Zona Oeste do Rio.
No vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver os militares uniformizados com latas de cerveja nas mãos, uma garrafa de whisky e até mesmo fumando narguilé, enquanto uma banda toca pagode ao vivo.
O antropólogo e militar veterano, Paulo Storani, diz que as confraternizações em alocações do Exército devem respeitar as normas da instituição.
Confraternização em unidades militares, elas não são incomuns. Porém, quando acontece, ela deve obedecer às normas do aquartelamento se ocorrer dentro do quartel. E lamentavelmente, o que vimos nas imagens é que há ali um certo abuso no que diz respeito ao que parece ser consumo de bebida alcoólica. Não entendo porque fumaram narguilé ali. O que nós estamos vendo aí é um certo desregramento de determinadas condutas que deveriam caracterizar o militar. Essas são cenas que, ao meu ver, são lamentáveis. Deveria ter ocorrido fora do quartel, em um outro ambiente que poderia acontecer tudo que estava acontecendo ali, mas não dentro do quartel.
Em nota, o Comando Militar do Leste diz que repudia qualquer tipo de desvio de conduta dos subordinados e ressalta que a confraternização não utilizou recursos públicos.
Há duas semanas, o CML já havia aberto um procedimento para apurar uma festa realizada em um quartel por militares do 26º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, em que eles também aparecem consumindo bebidas alcoólicas.
Na ocasião, o Exército informou, em nota, que a conduta dos militares está em desacordo com as normas da instituição.