Um dos artifícios utilizados pela Americanas para inflar artificialmente os resultados da empresa era a inserção de créditos fictícios de Verba de Propaganda Cooperada. A fraude foi apontada em um relatório elaborado pelo Ministério Público Federal, que faz parte da investigação contra ex-dirigentes da companhia.
A Propaganda Cooperada consiste em uma ação de marketing em que a empresa inclui um produto de determinada marca em uma publicidade, sendo recompensada pelo fornecedor. No entanto, os diretores da Americanas inseriam ações que não existiram nas contas, inflando artificialmente os resultados da empresa. Com isso, houve uma diferença entre o resultado divulgado e a geração de caixa real da companhia.
Para compensar a diferença nos resultados divulgados, a Americanas realizava operações de risco sacado, em que os bancos eram incluídos no processo de pagamento dos fornecedores. As operações não eram registradas como dívidas, para gerar disponibilidade de caixa compatível com os créditos fictícios inseridos no orçamento.