Estudo mostra quais produtos tiveram maior queda de preço na Black Friday

Levantamento da XP foi feito com base em dados do IBGE

Por João Videira (sob supervisão)

Computadores apresentam queda no preço
Reprodução/Pixabay

Os computadores pessoais e perfumes são os que mais apresentam queda de preço durante a Black Friday. A constatação é de um estudo inédito divulgado pela XP Investimentos que averiguou que a data possui papel significativo nas séries de inflação de bens no Brasil. O levantamento foi feito com base em dados do IBGE.  

O estudo foi dividido em três períodos, desde quando a data chegou ao Brasil até os anos de 2020 a 2023, que marcaram o pós pandemia. Segundo a instituição, entre as categorias analisadas, duas se destacaram nos últimos três anos apresentando descontos efetivos durante a Black Friday: TV, som e informática e Higiene pessoal.

Na contramão, mesmo com um freio temporário em novembro, as categorias Vestuário e mobiliário e os itens Fogão e Ar-condicionado foram aqueles que mais apresentaram aceleração na inflação do período, e, assim, ganharam menos tração.  

O economista da XP, Alexandre Maluf, pondera que descontos mais arrojados podem estar por vir nesses segmentos, principalmente em Vestuário.

"A visão geral é de que os estoques estão bastante altos e de que eles precisam se desfazer desses estoques. Então a melhor forma pra isso é dando descontos mais proeminentes nas vendas."

Os dados apontam que a data também impulsionou o volume de vendas no varejo. Eletrodomésticos, por exemplo, foi um item que apresentou crescimento no volume. A Black Friday é uma alternativa para barateamento de itens que tem estabilidade ao longo do ano.

Maluf argumenta que as varejistas estão com um estoque mais travado quando se olha para os itens afetados em maior grau pelo crédito, tanto por dificuldade no acesso a ele e como à inadimplência, mas diz que daí podem surgir boas oportunidades.  

 "O cidadão que quer comprar uma televisão, um computador, um videogame, ele precisa de credito. E com o crédito apertado, ele não tem conseguido consumir de modo que as varejistas estão com muitos itens estocados."

Nas últimas semanas, com os resultados da inflação em direção às metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), as companhias varejistas tem insistido na necessidade de corte de juros por parte do Banco Central

O diretor-presidente das Casas Bahia, por exemplo, afirmou na análise do balanço trimestral que clico de cortes traz um "horizonte de melhora". A principal acionista do Magalu, Luiz Helena Trajano, também já fez apelos por cortes.

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