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Estudantes denunciam péssimo estado de conservação em prédios da UFRJ

Os alunos contam que, sempre que chove, têm que conviver com vazamentos dentro das salas de aula e dos laboratórios

Por Pedro Dobal

Estudantes denunciam péssimo estado de conservação em prédios da UFRJ
Reprodução

Estudantes denunciam a falta de conservação em prédios da UFRJ na Cidade Universitária, que fica na Ilha do Fundão, na Zona Norte do Rio.  

No Centro de Ciências da Saúde, que abriga mais de 260 cursos, a reportagem da BandNews FM flagrou infiltrações, rachaduras, paredes descascando, banheiros interditados e até buracos no teto.

Os alunos contam que, sempre que chove, têm que conviver com vazamentos dentro das salas de aula e dos laboratórios.

Na segunda-feira (2), parte do forro de um dos corredores do Instituto de Biologia desabou. O material caiu perto de dois bancos, mas ninguém se feriu e as aulas não chegaram a ser afetadas.

Segundo a universidade, o problema foi provocado por um vazamento no segundo andar do prédio e não houve nenhum outro dano na estrutura ou comprometimento da rede elétrica.  

A estudante de enfermagem Mel Karen conta que foi a primeira da família a estudar em uma universidade federal e se decepcionou ao encontrar o cenário de abandono.

A estudante de medicina Maiara dos Santos da Silva explica que a falta de estrutura prejudica o desempenho dos alunos.

O estudante de biofísica Alexander Pereira lembra de quando precisou retirar materiais de um laboratório às pressas devido a goteiras.

Na Escola de Educação Física e Desportos, também no Fundão, foram dois desabamentos em menos de oito meses. Em setembro do ano passado, uma marquise caiu na área do curso de Dança.

Em maio, parte do telhado da mesma unidade também desabou e destruiu a parede de um corredor. Desde então, o prédio está fechado desde maio e as aulas foram transferidas para outros locais.

A UFRJ alega dificuldades orçamentárias e diz que precisa de 567 milhões de reais só para recuperar prédios com o que chamou de "graves anomalias". A instituição também afirma que, em um período de 12 anos, perdeu metade do orçamento, enquanto o número de alunos cresceu 50%.

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