Falta de manutenção de fios, insegurança, paredes rachadas e banheiros sujos. Essas são as principais reclamações de alunos e funcionários do campus do Fundão da Universidade Federal do Rio. A equipe da BandNews FM flagrou os problemas no Centro de Tecnologia.
Em meio às deficiências estruturais, os incêndios são frequentes. Na manhã desta quarta-feira, um incêndio de pequenas proporções atingiu o bloco de Geografia, que fica no Centro de Ciências e Matemáticas e da Natureza. As chamas foram controladas e ninguém ficou ferido, mas móveis foram destruídos.
Na semana passada, estudantes relataram outro episódio, dessa vez no bloco H da instituição. Ninguém ficou ferido. Pais e responsáveis temem pela segurança dos filhos, como conta a mãe de uma estudante de da Universidade, que teve a identidade preservada.
Segundo estudantes, muitas salas do Edifício Jorge Machado, onde a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, não voltaram a funcionar desde um também incêndio em 2016.
Em nota, a UFRJ explicou que, antes da reabertura de salas e projetos, a instituição tem algumas prioridades, como contratações da parte elétrica e resolução de problemas técnicos, como a construção de novas escadas para incêndio e discussão da realocação ou suplementação da central elétrica.
Por isso, complementa a UFRJ, ainda não há recursos suficientes para que o edifício fique em situação "plenamente satisfatória".
Outra denúncia é em relação ao abandono do Hospital do Fundão, o Universitário Clementino Fraga, na Ilha do Governador. Falta de segurança e falta de manutenção estrutural da unidade são as principais reclamações de quem vai para lá, como explica ouvinte da BandNews FM Cláudio Maia.
No início de abril, todos os restaurantes do bandejão voltaram a funcionar. Os ônibus internos, que foram afetados pelo corte no repasse de verbas no fim do ano passado, também voltaram a circular. Os serviços chegaram a ser paralisados no ano passado por causa do corte de R$ 9 milhões e 400 mil no orlamento universitário.
Em nota, a UFRJ disse que o orçamento das universidades federais foi recolocado nos níveis de 2019, melhor do que no ano passado. No entanto, ainda assim, o valor não era e continua não sendo suficiente para garantir a plena manutenção da instituição.
Procurado, o Hospital do Fundão nega a situação de descaso e de elevadores sem funcionar. De acordo com a unidade, a falta de recursos humanos impossibilita a oferta de mais leitos.