O Estado do Rio vai ampliar a oferta de contraceptivos subdérmicos, aqueles aplicados sob a pele das mulheres. A partir de quinta-feira, o método vai ser oferecido a jovens de até 19 anos de idade. Antes, apenas mulheres adultas até 49 anos em situação de vulnerabilidade social podiam receber o contraceptivo. Questionada, a Secretaria de Estado de Saúde não informou se a ampliação vale para todas as mulheres ou apenas para aquelas nessa situação. A pasta disse que mais informações serão divulgadas nesta semana.  

A iniciativa faz parte do Projeto Acolhe, que visa orientar jovens sobre gestação, prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, exposição a situações violentas. 

As pequenas cápsulas de etonogestrel, uma variação sintética da progesterona, são implantadas no braço das pacientes com auxílio de anestesia e duram cerca de 3 anos. A ginecolista Priscila Pyrrho conta que o método é indolor e muito eficiente para adolescentes.

"Adolescente esquece, toma errado... A taxa de falha de adolescente com pílula oral é muito alta. Então você ter uma contracepção continua é muito interessante porque você previne, diminui a falha e é um dos métodos em termos de eficácia, um dos métodos mais eficazes, com taxa de falha beirando a zero"

O Projeto Acolhe será lançado na comunidade Pavão-Pavãozinho, em Ipanema, Zona Sul do Rio nesta quinta-feira (3). As mulheres que participarem da iniviativa vão poder acompanhar  palestras com médicos e especialistas.

A ação voltada para pessoas em situação de vulnerabilidade social ainda leva em conta uma pesquisa da Unicef que apontou que em 2022 que dois milhões estudantes deixaram a escola no Brasil. 14%% delas apontaram a gravidez como motivo para o abandono dos estudos.

As informações sobre como participar do projeto devem ser divulgadas nesta semana.