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Entidades internacionais condenam a decisão da Marinha de afundar porta-aviões

Uma nota assinada em conjunto com o Ministério da Defesa e a Advocacia-Geral da União, foi divulgada nesta quarta-feira (1º)

Por Carlos Briggs

Entidades internacionais condenam a decisão da Marinha de afundar porta-aviões
Reprodução/Marinha do Brasil

Entidades internacionais condenam a decisão da Marinha de afundar o porta-aviões São Paulo. A nota, assinada em conjunto com o Ministério da Defesa e a Advocacia-Geral da União, foi divulgada nesta quarta-feira (1º).

Um relatório da empresa turca que estava responsável pelo casco aponta que há cerca de 10 toneladas de amianto na embarcação. Especialistas já apontaram que a substância cancerígena pode contaminar a cadeia alimentar, assim que ela começar a se deteriorar após o afundamento.  

Diante do risco, o Greenpeace defendeu que o Governo brasileiro reveja a medida. Para o diretor de campanhas da organização, Leandro Ramos, é preciso por em prática o desejo do Brasil de assumir um protagonismo mundial na questão do meio ambiente.

O Ibama também se manifestou e mostrou peocupação. Para o órgão ambiental, a melhor destinação para a embarcação é a atracação do ex-navio em um porto brasileiro para a realização de reparos e reexportação para um país com estaleiro credenciado capaz de realizar a reciclagem verde, conforme determinação da Organização das Nações Unidas.

A Marinha alega que há um crescente risco da necessidade de reboque, em virtude da deterioração das condições de flutuabilidade da embarcação e da possibilidade de afundamento espontâneo. No entanto, não foi divulgada ainda a data de quando o porta-aviões São Paulo vai ser afundado.

Atualmente, a embarcação, que já foi o maior porta-aviões do país, está a 350 km da costa brasileira, em um local com profundidade aproximada de 5 mil metros, dentro das Águas Jurisdicionais Brasileiras.

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