Familiares e amigos se despediram do farmacêutico Carlos Alexandre Resende, de 40 anos, enterrado no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio, neste domingo (27).
A mãe do farmacêutico, Elizabeth da Silva, de 62 anos, expõe a dor de perder o filho.
Uma mãe enterrar o filho é muito doloroso. Foi um filho de ouro para mim, para todos e eu cumpri a minha tarefa aqui com eles. Um filho maravilhoso e eu só quero justiça. Ele era tudo de bom, alegre, feliz, desabafa a mãe de Carlos Alexandre.
Carlos foi assassinado com um tiro na cabeça no bairro da Tijuca, quando esperava pela namorada que chegava de viagem.
A companheira Alessandra Moraes, de 42 anos, clama que a morte de Carlos não seja somente uma estatística.
O Brasil precisa de movimento para acabar com isso. É surreal! Acabar com famílias, com projetos, com a vida...é mais um na estatística...até quando?, afirma Alessandra, namorada do farmacêutico.
O crime aconteceu na última sexta-feira (25).
O farmacêutico foi abordado por pelo menos quatro criminosos, que roubaram o carro da vítima.
Testemunhas afirmam que Carlos não reagiu. Enquanto ele saía do carro, teria ficado assustado e, quando fechou a porta, foi baleado na cabeça.
Alessandra chegou de São Paulo para passar o final de semana com Carlos. Ela só descobriu que o namorado havia sido assassinado momentos depois de estranhar a demora dele.
Ela não sabia que estava ao lado do corpo, até que reconheceu o tênis do farmacêutico.
Leandro Resende diz que o irmão estava no melhor momento da vida.
Meu irmão estava com 40 anos e no melhor momento da vida dele. Pessoal, profissional. Tinha uma trajetória de vida muito brilhante. Ele estava morando há pouco tempo em SP e toda vez que ele vinha para o Rio ele aproveitava a oportunidade da hora que ele pisava aqui até a hora que ele ia embora. Só que a mesma cidade que trouxe tanto acolhimento, reconexão, foi a mesma que arrancou ele daqui, disse o irmão do farmacêutico.
O carro da vítima foi localizado na Avenida Brasil, na altura de Parada de Lucas, Zona Norte do Rio. Agora, a Delegacia de Homicídios tenta encontrar imagens de câmeras de segurança que ajudem na identificação dos criminosos.