Enfermeiros e técnicos de enfermagem da rede pública e privada do Rio decidem manter a greve da categoria determinada na quinta-feira (29) por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada durante uma assembleia nesta sexta (30).
Na rede municipal, 20% dos profissionais aderiram ao movimento. O limite da porcentagem foi estabelecido depois de um pedido de liminar da prefeitura. Já na rede federal, a adesão chega a 70%.
A categoria realizou um protesto em frente à sede da prefeitura do Rio, no Centro da cidade, e chegou a bloquear o trânsito na pista central da Avenida Presidente Vargas.
A classe reivindica a implementação do piso nacional da classe.
Trabalhando há 15 anos como técnica, Cleide Pereira Souza conta que os profissionais vêm implorando por melhorias.
O presidente do Sindicato, Marcus Schiavo, critica a demora no recebimento do piso pela categoria, já que os valores foram aprovados no ano passado pelo Congresso Nacional.
A categoria espera ainda o final do julgamento da validade da lei que instituiu o piso da categoria pelo Supremo Tribunal Federal nesta sexta (30).
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que considera a greve ilegal e prejudicial ao cidadão. A pasta informou ainda que está monitorando a situação dos hospitais para que não haja impactos para os pacientes.
A nota também diz que a Secretaria está seguindo os parâmetros definidos pela portaria e que o Ministério da Saúde vai fazer o repasse dos valores para o pagamento do piso.
O Ministério da Saúde disse que está em diálogo com entidades de enfermagem com o intuito de cumprir a lei, o mais rapidamente possível, e que acompanha as discussões sobre o tema no STF.