Enfermeira que atendeu criança que teve dedo amputado justifica erro médico

De acordo com a profissional, o corte aconteceu em um momento de agitação da menina

Por Thuany Dossares

A jovem deu entrada na unidade de saúde para tratar uma reação alérgica
Reprodução

A técnica de enfermagem responsável pelo corte de uma atadura que acabou amputando o dedo de uma bebê de um ano e oito meses, no Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, afirmou à polícia que o corte aconteceu em um momento de agitação da menina. A mulher prestou depoimento na Delegacia do Mútua (72ª DP). Os agentes já ouviram quase todo o corpo médico do hospital. Falta apenas um médico a prestar depoimento.

Os pais de Lara Adriana de Souza negam que a menina se mexeu na hora do procedimento. Ela deu entrada na unidade de saúde para tratar uma reação alérgica por causa de uma picada de mosquito na testa.

No depoimento, a técnica de enfermagem disse que na hora de administrar um medicamento, observou que o acesso tinha soltado da mão da bebê e avisou a mãe que iria precisar trocar a atadura. Ela afirma que na hora de cortar o esparadrapo, chegou a se certificar do espaço entre o material e o dedo de Lara, mas que, na hora do corte, a menina se agitou.

A profissional disse que na mesma hora, a mãe de Lara começou a gritar e que, ao perceber sangue, chamou a enfermeira. A técnica disse que foi um acidente e que ficou muito nervosa na hora.

A profissional é concursada do município de São Gonçalo e trabalha no Pronto Socorro Infantil há 21 anos. Segundo ela, em todo o tempo de profissão, nunca houve uma intercorrência desse tipo. Ela ainda disse aos agentes que, desde que o caso aconteceu, toma medicamentos controlados.

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