Cinco pessoas são presas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em uma empresa clandestina de empréstimos consignados.
Estela Almeida de Oliveira Dias, Wesley Almeida de Oliveira, Arthur Leão de Souza Vieira, Evellyn Lorena Gonzaga Monteiro e Liliane de Oliveira Morcelli foram detidos por enganar aposentados e pensionistas do INSS. Outras pessoas que participavam da organização criminosa conseguiram fugir, como um dos chefes da quadrilha: Diego Cunha Oliveira.
Segundo a Polícia Civil, o estabelecimento retinha de forma criminosa 35% do valor que deveria ser integralmente restituído às vítimas após o refinanciamento de seus contratos. A alegação era de que o valor se tratava de uma taxa de refinanciamento. A empresa não possuía alvará de funcionamento nem registro nos órgãos competentes para atuar como correspondente bancário.
O delegado responsável pela ação, doutor Márcio Esteves de Jesus, conta que a atuação do grupo era principalmente com idosos, aposentados e pensionistas do INSS. Ele alerta para que essa população para que não atendam ligações com pessoas que entrem em contato para falar de empréstimo consignado.
Nós fazemos um apelo a pessoas idosas, pensionistas e aposentados para que não contratem, não atendam essas pessoas que entram em contato por telefone para renegociação de dívidas de empréstimos consignados. Não façam negócios, não mandem selfies com a foto do seu documento.
De acordo com as investigações, o golpe consiste em consultar um banco de dados de clientes bancários sem autorização, analisar empréstimos e margem disponível, e através de contato telefônico, ludibriar a vítima com supostas vantagens.
Era oferecido para que a vítima refinanciasse o valor do empréstimo com juros menores, diminuindo o valor da parcela, a restituição de valores pagos indevidamente a título de juros abusivos e a obtenção de um saldo gerado pelo refinanciamento.
Foram apreendidas anotações dando conta de movimentação financeira, além de um passo a passo do "modus operandi", ou seja, um roteiro de como as atendentes deveriam agir para convencer as vítimas a aceitarem os empréstimos. Através dos documentos, diversas vítimas foram localizadas em todo o Brasil. A Polícia Civil agora tenta localizar outros integrantes e tenta identificar as empresas envolvidas no esquema.