Em mensagens entregues pela defesa da técnica de análises clínicas Jacqueline Iris Bacellar de Assis aos investigadores, o sócio-proprietário do laboratório PCS LAB, Walter Vieira, indica que alteraria o resultado do exame de colesterol LDL de uma paciente.
O exame de sangue foi feito por uma mulher de 51 anos no dia 19 de setembro. A BandNews FM teve acesso aos prints da conversa entre Walter e Jacqueline. O sócio-proprietário disse que daria "uma aumentadinha no LDL" porque estava "muito baixo".
Jacqueline responde que reparou no resultado, mas que diluiu a amostra porque antes estava dando negativo.
Para a diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Annelise Lopes, a diluição das amostras pode comprometer a eficácia dos resultados.
O exame do considerado "colesterol ruim" é utilizado para avaliar o risco de doenças cardíacas. Walter Vieira teria dito ainda que, mesmo com a alteração no exame e com a taxa de triglicerídeos, a condição clínica da paciente não mudaria.
Em outra parte dos prints, Jacqueline Assis aparece solicitando pelo menos três vezes a assinatura de Walter Vieira para liberar um exame de biópsia.
Além de Walter Vieira e Jacqueline Assis, a Polícia Civil também prendeu de forma temporária o técnico de laboratório Ivanilson Fernandes dos Santos e o funcionário Cleber de Oliveira Santos. Os quatro mandados de prisão foram prorrogados por mais cinco dias.
Procurado, o laboratório ainda não se posicionou.