Em meio ao imbróglio das Barcas, moradores de Paquetá relatam incertezas

Quem vive na ilha sabe que a interrupção vai causar um colapso na região e afetar a todos

Por Carlos Briggs

Moradores de Paquetá realizam protesto na Praça XV
Reprodução/Tv Band

Enquanto a situação do transporte aquaviário no estado não é resolvida, os moradores de Paquetá fazem contagem regressiva, diante da iminência da paralisação total do serviço.

Quem vive na ilha sabe que a interrupção vai causar um colapso na região, já que os moradores dependem da travessia pela Baía de Guanabara para ir ao trabalho e ainda manter as condições de vida no bairro.

Diante do quadro, eles fazem um protesto na Praça XV, no Centro do Rio, até esta sexta-feira (3). Eles montaram uma tenda e chamam a atenção de quem passa pelo local. Entre os manifestantes, está Cristina Lima, que ressalta as dificuldades para realizar as necessidades básicas, diante de uma eventual paralisação das barcas.

Cláudia Mendes também é moradora de Paquetá e pergunta: como as pessoas vão manter os empregos, sem o serviço de transporte aquaviário?

Os moradores ainda realizam um plebiscito popular sobre "Quem é o principal responsável pela atual crise das barcas?". A tenda fica montada até às 17h30 desta sexta-feira (3).

O protesto acontece por conta da possibilidade real de as seis linhas de barcas pararem de circular no estado do Rio. O serviço está sendo realizado sem contrato, desde o último dia 11. Esse mesmo contrato já foi declarado nulo pela Justiça do Rio, em 2017.

Apesar disso, a Secretaria de Estado de Transportes e o Grupo CCR celebraram um acordo, para a concessionária ficar à frente do serviço, por até dois anos. 

Só que o Ministério Público do Rio é contrário à proposta e já deu dois pareceres negativos. A decisão final cabe à Justiça fluminense.

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