Em ação de rendição, Roberto Jefferson teria dito que só sairia de casa morto

Declaração, em depoimento, é de um agente da Polícia Federal que participou da negociação

Por Thuany Dossares

Roberto Jefferson está preso desde domingo (23) Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Roberto Jefferson está preso desde domingo (23)
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O chefe do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal que participou da negociação para a rendição de Roberto Jefferson afirma em depoimento que o ex-deputado federal chegou a dizer, enquanto resistia à prisão, que só sairia de casa morto. 

Segundo o policial, o político chegou a ligar para o advogado dizendo que ele poderia preparar o cemitério. Jefferson foi preso, no domingo (23), em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio, após atacar agentes da PF.

Vinicius de Moura Secundo é o negociador da PF que aparece de verde nas imagens conversando com o político. 

Ele declarou que o ex-deputado tinha consciência e vontade de atirar contra viatura da Polícia Federal. Segundo ele, durante as tratativas de rendição, Jefferson confessou que disparou mais de 60 tiros de fuzil e jogou três granadas contra os agentes federais, mas que não tinha intenção de machucar.

O próprio político afirmou em depoimento que realizou cerca de 50 disparos. 

O negociador conta que o ex-deputado estava muito nervoso e depois foi oscilando de humor, até ficar mais calmo e receptivo. 

De acordo como agente, o Padre Kelmon e um pastor amigo da família do criminoso conseguiram entrar no imóvel furando um bloqueio, de forma ainda desconhecida. 

No entanto, os religiosos ajudaram na negociação, já que foi depois da chegada deles que o ex-deputado entregou um fuzil e dois carregadores à polícia. A suspeita é de que essa arma tenha sido a usada para atacar os agentes da PF. 

O negociador encerrou a declaração destacando que a negociação foi bem-sucedida uma vez que não houve mais feridos e que Roberto Jefferson foi preso.

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