A Eletrobras vai extinguir do Conselho de Administração da companhia o posto do representante eleito pelos funcionários.
A medida foi aprovada por cerca de 70% dos acionistas em uma assembleia extraordinária.
A matéria integrou um bloco de oito pontos de alteração no Estatuto Social da empresa.
Atual representante dos funcionários, Carlos Eduardo Rodrigues Pereira deve cumprir mandato no colegiado até 2024, ano que a vaga será extinta.
A mudança segue a nova política praticada pelo alto escalão da Eletrobras, após a privatização no último ano.
Durante voto, a Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEEL) criticou a medida e disse que a ação é um retrocesso. Ainda segundo a entidade, a empresa foi erguida e se mantém apenas graças à representação dos empregados.
O BNDES, a Caixa e o BNDESPar também foram contrários. A Caixa destacou que a inclusão de empregados no CA é uma boa prática para fomentar a diversidade no colegiado estratégico da companhia.
A participação de um representante dos empregados nos conselhos de administração de empresas estatais com mais de 200 funcionários é prevista por uma portaria de 2011 do Ministério do Planejamento e é vista como uma forma de estimular a participação dos trabalhadores.