A droga K9 teria sido trazida para o Rio de Janeiro pela facção criminosa PCC, de São Paulo. É o que aponta a principal linha de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

Agentes da Secretaria de Administração Penitenciária apreenderam uma quantidade significativa do alucinógeno nos presídios Evaristo de Moraes, em São Cristovão, Zona Norte; Hélio Gomes, em Magé, na Baixada Fluminense; e na cadeia pública Juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

Somente em um dos presídios foram encontradas 42 folhas de K9. Cada folha faz em média de 20 a 30 papelotes para o uso.

De acordo com o Delegado Rodrigo Coelho, um ponto que chama atenção é de que todas as apreensões no Rio aconteceram em presídios, para onde são levados detentos jurados de morte por criminosos de facções que atuam no Estado.

As amostras apreendidas nas unidades prisionais passaram por uma perícia, que constatou a presença de K9 em diversos formatos, desde a forma líquida até a diluída em papel./ Essa última forma é usada, inclusive, para driblar a fiscalização.

Os investigadores acreditam que, pelas apreensões terem ocorrido no período de um mês, esse tipo de droga já estaria entrando em grande quantidade no Rio. A preocupação é com uma rápida propagação já que a droga é muito barata.

O entorpecente se espalhou, inicialmente, de forma avassaladora pelas ruas de São Paulo, onde a difusão também ocorreu pelos presídios. A substância é 100 vezes mais potente que a THC, substância psicoativa da maconha comum e causa um impacto devastador nos usuários.