Dos 276 atletas do Time Brasil nas Olimpíadas de Paris, cerca de 50 treinam no Rio de Janeiro. Entre os destaques está a ginasta Rebeca Andrade, recordista olímpíca, que desembarcou na capital fluminense para treinar no Clube do Flamengo, junto com as também campeãs olímpicas Flavia Saraiva, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira. Mas não é só Rebeca Andrade que tem uma história de vida emocionante.
Ygor Coelhoé atleta de Badminton da Seleção Brasileira e começou a treinar aos três anos de idade. Ele é fruto de um projeto social chamado Miratus Badminton, na comunidade da Chacrinha, na Baixada Fluminense. A iniciativa, do pai do atleta, mudou a vida de centenas de jovens e crianças da região.
Ygor fala sobre essa trajetória de aprendizado.
Ygor Coelho foi o primeiro atleta do país a disputar a modalidade de Badminton em edições Olímpicas, na Rio 2016, em Tokyo 2020 e, nesse ano, em Paris. O atleta olímpico também alcançou a 30ª posição mundial no ranking de melhores do mundo na modalidade.
Ao ser questionado sobre o que ele falaria para o Ygor de três anos de idade, ele respondeu:
O atleta de arco e flecha, Marcus D'Almeida, também é referência na modalidade. Ele é de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, Hoje quatro vezes medalhista mundial, o amor pelo esporte não surgiu do nada.
A irmã do atleta, Isabella D'Almeida, explica que Marcus se apaixonou pelo esporte por causa das competições.
No começo, ele tentou de tudo, Né. E aí ele encontrou o tiro com arco e o tiro com arco lá em Maricá, como a confederação lá em Maricá, muitas provas aconteciam na cidade, então ele muitas vezes não precisava nem viajar, sair da casa dele e para outra cidade para poder competir, o que depois mudou na realidade, né, mas no início era muito confortável e ele sempre foi uma pessoa muito competitiva, então na verdade ele se apaixonou pelo tiro com arco através das competições, que todo final de semana estava acontecendo alguma coisinha.
Aos 13 anos, Marcus D'Almeida já estava na delegação brasileira da modalidade para formar o time preparatório para o ciclo olímpico do Rio, em 2016. Hoje em dia ele tem um clube que funciona em Maricá, que ele forma e oferece espaço treinamento para crianças e jovens e adolescentes através do clube dele, que tem parceria com a prefeitura.
Rafaela Silva também é outro nome de ouro na história da capital fluminense. Ela começou a lutar aos 8 anos de idade na Associação dos Moradores da Cidade de Deus, onde mora até hoje.
Na época, os pais incentivaram ela no esporte para que Rafaela Silva evitasse brigas na rua e fosse mais disciplinada. A judoca se tornou a primeira brasileira a conquistar a medalha de ouro no mundial de judô. Ela também carrega ouro nos Jogos Olímpicos de 2016 e Bronze neste ano.