O dono e administrador da clínica de reabilitação interditada em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, acusado de maus tratos e cárcere privado, admitiu em depoimento que o local não possui os alvarás de funcionamento necessários emitidos pela Prefeitura, Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros.
Edmilson Messias Ribeiro Júnior foi preso durante operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio na segunda-feira (10).
Na delegacia, Edmilson alegou que, apesar da falta de licenças, o Centro de Tratamento Ribeiro já estava em processo de regularização. Segundo ele, na última visita da Vigilância Sanitária, inclusive, a instituição foi tornada apta para funcionamento.
Na chegada ao local, na segunda-feira, os agentes se depararam com o ambiente sujo, com fezes e urina. O proprietário da instituição justificou, em depoimento, que alguns pacientes acabam fazendo as necessidades na roupa, mas que as equipes chegaram em um momento de troca de plantão e que já estava sendo iniciada a faxina.
O MP afirma que a clínica de Edmilson já deveria ter sido fechada há anos, mas que isso só não aconteceu, porque a instituição mudou de nome. Ele é acusado de maus-tratos e cárcere privado contra mais de 100 pacientes.
No entanto, o proprietário alegou na delegacia que não houve mudança da razão social, mas sim a abertura de uma nova instituição, após a antiga, também em Nova Iguaçu, ter sofrido um incêndio criminoso e ter tido as atividades encerradas após decisão judicial. Edmilson ainda justificou que a ação do MP não é sobre a nova clínica, já que a mesma funciona até em outro endereço.
Segundo a Polícia Civil, o procedimento já foi enviado à Justiça.