Dois PMs são assassinados no RJ em menos de 24 horas

Ainda sobre violência, desde domingo (20), até a tarde desta quinta-feira (24), sete pessoas foram vítimas de balas perdidas, sendo cinco mortos

Por João Boueri

O subtenente Luís Carlos da Silva, de 52 anos, morreu na noite de quarta-feira (23)
Divulgação/Disque Denúncia

Dois policiais militares morreram entre a noite de quarta-feira (23), e a tarde desta quinta-feira na cidade do Rio de Janeiro. A Delegacia de Homicídios da Capital abriu dois inquéritos para apurar a dinâmica e a autoria dos crimes. 

O cabo Maycon Borges da Silva, de 38 anos, estava em uma viatura, que foi alvo de disparos de criminosos na altura da estação de trem de Vigário Geral, na Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira (24). 

Uma mulher identificada como Estela Mares Campos Peixoto, de 58 anos, estava dentro de um ônibus no momento do crime e foi ferida na barriga e no braço por uma bala perdida. 

Com isso, o número de vítimas de balas perdidas na Região Metropolitana do Rio subiu para 95. Desde domingo (20), até a tarde desta quinta-feira (24), foram sete vítimas, sendo cinco mortos. Ela deu entrada em uma unidade de saúde em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O agente de segurança chegou a ser levado para o Hospital Caxias D'Or no município da Baixada Fluminense, mas não resistiu aos ferimentos. Maycon Borges da Silva era lotado no Batalhão de Olaria e entrou na corporação em 2011.

Já o subtenente Luís Carlos da Silva, de 52 anos, morreu na noite de quarta-feira (23), após desviar da queda de um poste na Avenida Santa Cruz e entrar na comunidade do Cavalo de Aço, em Padre Miguel, também na Zona Norte.

O militar chegou a tentar fugir da abordagem dos criminosos, quando foi baleado. Ele foi levado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Senador Camará, na Zona Oeste, mas não resistiu aos ferimentos.

O Disque Denúncia divulgou as dos policiais militares para tentar colaborar com a Polícia Civil na identificação dos autores do crime. A recompensa pode chegar até R$ 5 mil.

O subtenente era lotado no Batalhão de São Cristóvão e estava na Polícia Militar desde 1996. Ele deixa dois filhos e a esposa.

O número de agentes de segurança mortos em ações no Rio de Janeiro subiu para 55, com a morte de Luís Carlos e Maycon Borges.

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