Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no endereço da principal suspeita de fraudar o sistema do Cadastro Único do Governo Federal por meio da inserção de informações falsas.
A investigada é acusada de criar 22 registros fictícios no sistema, que é utilizado pelo Governo Federal para coletar dados e identificar famílias de baixa renda. Esse cadastro funciona como porta de entrada para diversos programas sociais e benefícios de transferência de renda, como o Benefício de Prestação Continuada, o Programa Bolsa Família, o Auxílio Gás, entre outros.
A análise dos registros revelou diversas irregularidades, como ausência de assinaturas, documentos assinados por uma única pessoa, dados incorretos e a inexistência de qualquer formulário físico arquivado na sede do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família da Secretaria de Assistência Social.
Todos os cadastros fraudulentos eram unipessoais e pertencentes a idosos com mais de 80 anos, o que indica que o objetivo principal da fraude era obter indevidamente o Benefício de Prestação Continuada ao Idoso. A investigação apontou que, com base nesses 22 cadastros falsos, foram solicitados e concedidos 15 benefícios, todos cancelados posteriormente pelo INSS após a identificação da fraude.
Após a descoberta das irregularidades e o bloqueio da senha utilizada para acessar os sistemas, a servidora se afastou do trabalho e pediu exoneração do cargo de auxiliar administrativo que ocupava na Prefeitura de São Pedro da Aldeia.
A acusada vai responder pelo crime de inserção de dados falsos em sistema de informações. As investigações da Polícia Federal continuam, com o objetivo de identificar outros possíveis envolvidos na fraude.