Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças seguem em alta em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Em contrapartida, nos estados do Norte e do Nordeste há sinal de interrupção na tendência de crescimento. As informações são da nova edição do Boletim InfoGripe, divulgada nesta quinta-feira (3), pela Fundação Oswaldo Cruz.
Os números são referentes à semana de 23 a 29 de julho. Segundo a pesquisa, em Minas, os dados laboratoriais não apontam associação com o vírus sincicial respiratório, apontado como uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e pré-adolescentes.
De acordo com o pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, o aumento recente nessa faixa etária no estado do Sudeste pode estar associado a outros vírus, como o rinovírus e o metapneumovírus.
Bahia, Paraná e Santa Catarina também tiveram crescimento de diagnósticos associados ao rinovírus e ao metapneumovírus. A pesquisa apontou ainda que no Amazonas houve alta dos casos positivos para bocavírus, também causador de infecções respiratórias.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, 32,1% dos casos de síndromes respiratórias foram de vírus sincicial, 22,9% de Covid-19 e 6,7% de influenza A.
O coronavírus foi responsável por 43% das mortes. A influeza A causou 11,8 % dos óbitos.