A diretoria do Flamengo acredita que a confusão que terminou com um torcedor agredido pelo vice-presidente de futebol Marcos Braz e seguranças tenha sido premeditada por uma torcida organizada.
O episódio ocorreu na tarde de terça-feira (19), em um shopping da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O torcedor e o dirigente prestaram depoimento na delegacia da região e fizeram exame de corpo de delito ainda durante a noite.
Segundo a Polícia Civil, testemunhas que estavam no local também já foram ouvidas e diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.
A defesa do torcedor afirmou que ele apenas fez cobranças sobre o desempenho do clube quando foi surpreendido pelas agressões. A advogada Ani Luize de Oliveira classificou a conduta do dirigente como lamentável.
O caso foi registrado como lesão corporal contra Braz e contra o torcedor. O dirigente também aparece no boletim de ocorrência como vítima de ameaça.
Marcos Braz também é vereador e, enquanto a confusão acontecia, os parlamentares discutiam projetos na Câmara Municipal do Rio. A falta dele na sessão de terça-feira (19) da Câmara Municipal do Rio foi a oitava sem justificativa neste ano.
Braz chegou a fazer o registro virtual de presença no início da sessão, mas teve a falta registrada porque não participou das votações.
Marcos Braz e o Flamengo ainda não se posicionaram oficialmente, mas a diretoria tem manifestado internamente a intenção de manter o dirigente no cargo.
Nesta quarta-feira (20), o rubro-negro enfrenta o Goiás, na Serrinha, pelo Campeonato Brasileiro. Por causa do ocorrido, Marcos Braz não viajou com a equipe para Goiânia.