Em meio ao impasse entre o Governo do Estado e a SuperVia sobre o futuro do serviço de trens, o diretor-presidente da companhia, Antônio Carlos Sanches, vai deixar o comando da empresa a partir desta sexta-feira (21). A informação foi confirmada nesta quinta (20), pela própria concessionária.
Segundo a SuperVia, o executivo vai passar a se dedicar a projetos pessoais e um novo nome deve ser anunciado em breve. A empresa, no entanto, não informou como vai funcionar a escolha do próximo dirigente.
O presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, o deputado Dionísio Lins, celebrou a saída de Antonio Sanches. O parlamentar pede que a concessão seja remodelada.
O serviço oferecido pela concessionária é alvo de reclamações de quem utiliza os trens, que cortam a Região Metropolitana. Nesta quinta (20), o ramal Japeri operou mais uma vez com intervalos irregulares, enquanto o ramal Saracuruna e as extensões Vila Inhomirim e Guapmirim tiveram a operação suspensa devido a uma ocorrência no sistema de energia.
Recentemente, o secretário estadual de Transportes e Mobilidade Washington Reis anunciou que outra empresa deve assumir o modal. O político chegou a viajar para Caracas, na Venezuela, para analisar o sistema metroviário do país.
O diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, pontua que os passageiros devem ser o principal foco da mudança.
No início do mês, a SuperVia conseguiu liminar na Justiça para impedir qualquer alteração que suspenda o contrato de concessão do serviço. Na análise da juíza Maria Cristina de Brito Lima, a empresa mostrou que realizou investimentos na concessão em valores superiores aos da outorga para renovar o contrato de forma antecipada.