Diretor diz que distribuição de dividendos não afeta a solidez da Petrobras

Investidores da estatal devem receber R$ 43 bilhões. Os valores vão ser pagos em duas parcelas iguais de R$ 1,67, por ação, em dezembro e em janeiro de 2023

Por Gustavo Sleman

Petrobras ainda não foi notificada sobre representação no TCU
Fernando Frazão/Agência Brasil

Os números foram aprovados pelo Conselho de Administração da estatal durante reunião na quinta-feira (3). Os dividendos vão ser pagos em duas parcelas iguais de R$ 1,67, por ação, em dezembro e em janeiro de 2023.

Após a divulgação dos valores, o subprocurador-geral do Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, pediu ao TCU a suspensão imediata da distribuição antecipada. No documento, Furtado alega que a aprovação pode causar riscos de prejuízo para as contas públicas.

Segundo o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da estatal, Rodrigo Araujo Alves, a Petrobras ainda não foi notificada sobre a representação, mas que vai manter a postura transparente junto ao TCU.

Questionado se a empresa já foi informada sobre algum tipo de processo de transição após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, Rodrigo afirmou que ainda não houve nenhum tipo de comunicado oficial, mas que a companhia vai ajudar quando requisitada.

Na entrevista coletiva, a diretoria da Petrobras abordou os números do terceiro trimestre de 2022, quando a empresa registrou lucro líquido de cerca de R$ 46 bilhões.

Na análise do diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Rodrigo Araujo Alves, o resultado corresponde ao segundo melhor resultado da história da companhia, ficando atrás somente do obtido no trimestre anterior.

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