A taxa média de desemprego no Brasil chega a 8,4% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, menor índice para o período desde 2015. Na comparação com os três meses anteriores, quando o índice foi de 8,3%, o resultado apresentou estabilidade, mas registrou queda em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa chegou a 11,2%.
Ao todo, nove milhões de pessoas sofrem com a desocupação no país, uma queda de 25,3%, na comparação anual.
As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE.
A população empregada registrou redução de 1%, frente aos três meses anteriores. No entanto, teve crescimento de mais de três milhões de pessoas, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para a professora de Economia do Ibmec, Vivian Almeida, a possibilidade de uma melhora expressiva no desemprego nos próximos meses é pequena, já que a taxa deve seguir no mesmo patamar.
Apesar disso, o rendimento dos trabalhadores cresceu e chegou a R$ 2.835, aumento de mais de 7% em um ano e de pouco mais de 1% entre os trimestres.
Entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, os números de pessoas empregadas com e sem carteira assinada também se mantiveram estáveis: 40 milhões e cerca de 13 milhões de pessoas, respectivamente. O número de trabalhadores por conta própria também registrou estabilidade.
Por outro lado, a taxa de empregadores caiu mais de 4% comparando com o trimestre anterior.
O analista de operações financeiras, Gabriel Azeredo, conta que ficou desempregado por muitos meses e, só em março, conseguiu a aprovação em um processo seletivo.
Ainda na comparação entre os últimos trimestres, apenas um setor pesquisado teve aumento na força de trabalho: Alojamento e alimentação. Houve reduções no grupos de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.