A taxa de desocupação no país no 4° trimestre de 2023 caiu 0,3 ponto porcentual, ficando em 7,4%. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, a queda foi de 0,5 ponto porcentual. No ano passado, a população desocupada totalizou 8,5 milhões de pessoas, uma queda de 1,8 milhão (-17,6%) quando comparado com 2022.
Entre o terceiro e o quarto trimestres de 2023, a taxa de desocupação recuou em duas unidades da federação, ficou estável em 23 e cresceu em duas.
Os dados divulgados nesta sexta-feira (16) confirmam o balanço anterior do IBGE publicado em janeiro, quando o instituto anunciou mudanças nos cálculos da retrospectiva anual.
As quedas foram registradas no Rio de Janeiro (de 10,9% para 10,0%) e no Rio Grande do Norte (de 10,1% para 8,3%). Já os aumentos foi registrado em Rondônia (de 2,3% para 3,8%) e em Mato Grosso (de 2,4% para 3,9%).
Apesar da queda na taxa, as mulheres são as mais impactadas pelo desemprego. A taxa de desocupação por sexo foi de 6% para os homens e 9,2% para as mulheres no 4° trimestre de 2023.
A Cintia da Conceição esta há nove anos desempregada. Para ela, o fato de as mulheres ficarem grávidas é um dificultador para conseguirem uma vaga.
O economista Felipe Salto atribui às desigualdades estruturais o fato de minorias, como mulheres e negros, terem mais dificuldades de acessarem o mercado de trabalho.
A taxa de desocupação por cor ou raça ficou acima da média nacional para os pretos (8,9%) e pardos (8,5%) e abaixo da média nacional para os brancos (5,9%).