O desemprego no Brasil varia 6,4% no terceiro trimestre de 2024, o segundo menor valor para um trimestre da série histórica, iniciada em 2012. A taxa é 0,5 ponto porcentual menor do que a registrada nos três meses anteriores. O índice também desacelerou 1,3 ponto porcentual em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com os pesquisadores, a queda no desemprego está relacionada ao início do segundo semestre, quando as indústrias aumentam as contratações, para o período do fim de ano. No último trimestre, a ocupação no setor teve acréscimo de mais de 400 mil vagas.
Sete unidades da Federação tiveram recuo na taxa. As outras 20 registraram estabilidade. Os locais com maior nível de desemprego entre julho e setembro foram Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%), Distrito Federal (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,8%). Já os estados com menores taxas foram Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%).
Segundo o analista da pesquisa William Kratochwill, a melhora dos índices em estados com economia mais forte influencia positivamente em outras unidades da federação.
Os estados mais fortes que dão até uma indicação do caminho que a economia pode tomar. Então, o que acontece, se São Paulo está evoluindo de alguma forma, pode se espalhar para o resto do país. Quando a indústria se fortalece no Sul, isso naturalmente vai trazer efeitos para o resto do país.
Apesar do recuo, entre julho e setembro, 1,5 milhão de pessoas procuravam trabalho há dois anos ou mais. No ano passado, eram 1,8 milhão de pessoas. Outras, acabaram perdendo o emprego no período. A taxa de informalidade no terceiro trimestre foi de 38,8%.
O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.227, apresentando estabilidade em relação ao segundo trimestre de 2024 (R$ 3.239) e aumento frente ao terceiro trimestre de 2023 (R$ 3.112).