A Polícia Federal afirma que a deputada estadual Lucinha, do PSD, era chamada de "madrinha" pelos chefes da milícia comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
A parlamentar foi alvo da Operação Batismo, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio nesta segunda-feira (18), com o objetivo de desarticular o núcleo político da milícia que atua na Zona Oeste. Oito mandados de busca e apreensão são cumpridos pelos agentes.
A Justiça ainda determinou o afastamento imediato das funções legislativas e proibiu a deputada de manter contatos com determinados agentes públicos ou frequentar a Casa Legislativa. A decisão está sob sigilo.
Os agentes estão no gabinete e em imóveis da parlamentar e de uma assessora dela. Cerca de 40 policiais participam da operação, que ocorre nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, todos na Zona Oeste, e na Alerj, no Centro.
As investigações apontam a participação ativa da deputada estadual e da assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos.
De acordo com a PF, a atuação de Lucinha tinha o objetivo de atender aos interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção.
A ação é um desdobramento da operação Dinastia, deflagrada pela PF em agosto do ano passado, que prendeu oito milicianos.
A reportagem da BandNews FM tenta contato com a defesa dos acusados.