Depois do temporal, garis retomam a greve no Rio

Segundo a categoria, a Prefeitura não abriu diálogo sobre o reajuste do salário dos profissionais

Gabriela Morgado

  Um contingente de 30% vai ser mantido nas ruas, para os serviços mais essenciais Divulgação/Prefeitura do Rio
Um contingente de 30% vai ser mantido nas ruas, para os serviços mais essenciais
Divulgação/Prefeitura do Rio

Os garis retomam a greve no Rio, que tinha sido suspensa por causa da chuva que atingiu a cidade desde a quinta-feira passada (31).

Segundo o sindicato da categoria, a Prefeitura não abriu diálogo sobre o reajuste do salário dos profissionais. Na semana passada, a Comlurb propôs um aumento parcelado de 6%, que não foi aceito.

Um contingente de 30% vai ser mantido nas ruas, para os serviços mais essenciais. Até o início da tarde desta segunda-feira (4), parte dos cariocas não notou grande impacto na coleta de lixo, mas outros registraram acúmulo dos detritos nas ruas.

O sindicato da categoria critica ainda uma liminar obtida pela Comlurb que proíbe que o presidente Manoel Meireles e outros associados cheguem a menos de 50 metros das gerências da companhia durante a paralisação, sob pena de multa de R$ 10 mil.

A Comlurb alega que os réus estão impedindo o acesso ao local de trabalho de funcionários que não querem aderir à greve. Antes da deflagração da paralisação, na semana passada, a Justiça do Trabalho chegou a determinar que ela não acontecesse, também sob pena de multa de R$ 200 mil.

Mesmo assim, a greve teve início, mas foi suspensa, para que houvesse a limpeza das ruas depois do temporal.

De acordo com o sindicato, não há previsão para a realização de uma nova assembleia e a greve só será encerrada se houver um acordo com a Comlurb ou uma determinação da Justiça.

Em nota, a Comlurb disse que mantém o plano de contingência para o atendimento dos serviços essenciais e que espera os próximos passos da Justiça do Trabalho em relação ao movimento.

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