Depois de 25 meses de alta nos preços julho deve registrar deflação. A avaliação é do professor da Fundação Getúlio Vargas Mauro Rochlin. A prévia da inflação para o mês foi divulgada nesta terça-feira (26) pelo IBGE e ficou em 0,13%, a menor para o mês em dois anos, registrando desaceleração, o que quer dizer que os preços continuam subindo, mas com menos velocidade.

Para o economista, o real impacto da queda do ICMS sobre os combustíveis e a consequente redução nos valores do litro da gasolina e do etanol só será efetivamente sentido na medição após o fechamento do mês.

Mauro Rochlin é otimista ainda quanto a agosto. Para ele não seria surpresa que o mês também registrasse deflação, desta vez por conta dos preços dos alimentos.

Os alimentos, por sinal, foram os vilões nesta prévia da inflação com destaque para o leite, que registrou alta de 22,27% e acumula variação de 57,42% no ano. Os derivados também registraram alta, como a manteiga, o requeijão e o queijo.

Para a auxiliar de escritório Manoela dos Santos o preço do leite tem pesado cada vez mais no orçamento.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79%. Já no acumulado de 12 meses a taxa é de 11,39%.