Deve ser ouvido nesta quarta-feira (25) pelo Supremo Tribunal Federal o delegado Giniton Lages. A oitiva faz parte da ação aberta sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele foi o responsável por iniciar a apuração do caso, indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.

Segundo relatório da Polícia Federal, Giniton teria desviado o curso das investigações.

Durante a audiência desta terça (24), a defesa de Domingos Brazão, acusado de ser um dos mandantes da morte da parlamentar, exigiu que ele participasse da sessão em que Giniton fosse ouvido. Por causa de um problema de Internet na Penitenciária Federal do Porto Velho, em Rondônia, Domingos não conseguiu participar dos depoimentos realizados nesta semana.

Nesta terça (24), o STF escutou as testemunhas arroladas pela defesa de Ronald Paulo Alves Pereira, apontado como o responsável por alertar os demais envolvidos sobre a localização de Marielle no dia do assassinato.

Listado pela defesa de Domingos Brazão, o deputado André Corrêa também foi ouvido. O político disse que não acredita que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro teria envolvimento no assassinato da parlamentar. 

De acordo com as investigações, Domingos e Chiquinho Brazão teriam mandado matar Marielle Franco por causa da atuação dela contra terrenos irregulares no Rio de Janeiro. Eles negam as acusações.