Definição sobre concessão do Aeroporto do Galeão deve sair em duas semanas

O governador do Rio, Cláudio Castro, vai procurar a Changi para uma reunião

Por Gabriela SouzaJoão Videira (sob supervisão)

O Governo Federal e a Changi devem divulgar em duas semanas uma definição sobre a permanência ou não da empresa como concessionária do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro.

Nesta quinta-feira (1º), o governador do Rio, Cláudio Castro, disse que a concessionaria já teve tempo demais para se posicionar e que, dentro do prazo mencionado, vai procurar a Changi para uma reunião.

 Eu acho que chegou a hora da gente agir, tomar uma decisão. Independente do que Changi queira ou não fazer, não podemos ficar reféns deles. Se eles quiserem ir embora vão, se quiserem ajeitar ajeita e o Ministério Público também, se eles não forem tem que ajeitar a questão.

Na semana passada, o Tribunal de Contas da União recomendou, em parecer técnico, que as exigências da Changi para desistir da concessão do Galeão, não sejam aceitas pelo governo.  

O posicionamento foi elaborado a partir de uma consulta feita pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

No ano passado, a concessionária manifestou a vontade de devolver a administração dos terminais do Tom Jobim, mas pedia para ser ressarcida pelos investimentos no local.

No entanto, a Changi passou a negociar a permanência. A empresa chegou a manifestar o interesse de prosseguir com a administração, mas com a redução do valor pago anualmente para a manutenção da concessão, o que não é aceito pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

O futuro dos aeroportos Galeão e Santos Dumont tem se arrastado e virou alvo de discussão. Segundo a Prefeitura do Rio e o Governo do estado, o Galeão vem sofrendo com a migração de passageiros para o Santos Dumont, no Centro do Rio, que é atualmente administrado pela Infraero. O Governo Federal prevê a realização de um leilão para a concessão do espaço.

Apesar de ter capacidade para receber anualmente 37 milhões de passageiros, o Galeão recebeu menos de 6 milhões de pessoas no ano passado, seis vezes menos.

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